DO GRÃO AO PIXEL

Há dez anos, o fotógrafo Allan Bastos constrói sua identidade fotográfica apresentando gente. Mostrando a cara do novo. Sua estética não passa pelas estruturas rígidas de uma fotografia, ela remete a uma leitura criativa da realidade. A fotografia em questão permite uma leitura quase poética de uma imagem do dia a dia. O fazer fotográfico de Allan monta um quebra cabeça de imagens cotidianas, misturando o real com o imaginário.
Mas, a história deste artista das lentes não iniciou no Cariri, ao contrário, como ele mesmo diz: “o Cariri só apareceu recentemente para mim. Coisa de três anos pra cá”. Esta redescoberta do Cariri pelo Caririense Carlos Allan Neves Bastos aflorou em 2005, com a sua volta para a região depois de vários anos estudando, fotografando e vivenciando os ares pernambucanos de Recife.
De posse de todos os conhecimentos na área de Administração de Empresas, misturado à Fotografia, Allan resolveu mostrar o Cariri em uma grande propaganda de seus bens culturais materiais e imateriais. A idéia aqui foi juntar o que a região do Cariri tem de mais belo, a sua cultura e, apresentá-la e divulgá-la em suas fotografias.
Por mais moderno que possa parecer esta mistura, a fotografia de Allan somente entrou para a tecnologia Hightec das câmeras digitais, neste segundo semestre. Esta poética vista em seus ensaios foram frutos de suas andanças pelo país com sua NIKON F3000. A foto digital entra com maior força em seu trabalho este ano. Prova definitiva de que o verdadeiro papel do fotógrafo é se reinventar, permitir-se adentrar ao mundo da imaginação com o pezinho no real, utilizando o seu olhar analógico dentro dum contexto globalizado e digital.